Miguel Alberto Crispin da Costa Rodrigo nasceu na Argentina em 3/12/1885, filho de Jaime Costa VI e Dolores Rodrigo Costa, ele natural da Itália e ela da Espanha.

Vieram para o Brasil em 7/09/1892. Instalaram-se na cidade de Piracicaba na Fazenda Pau D´Alho. Com o falecimento de jaime Costa VI Dolores Rodrigo muda-se para São Paulo passando a fornecer "quentinhas" para os soldados da Antiga Força Pública hoje Polícia Militar.

Jaime Costa, Daniel Costa e Miguel Costa ingressam na carreira policial no ano de 1901. Pediram trasferência para o Regimento de Cavalaria e aos 37 anos, em 1922, Miguel Costa é promovido a major fiscal desse Regimento.

Em 1924 é informado pelo general Barbedo da situação política extremamente crítica em que estava o Brasil. Consciente de que era preciso tomar uma atitude severa, Miguel Costa adere à Revolução de 5 de Julho de 1924 com o compromisso de sublevar o Regimento de Cavalaria e as forças policiais.

O Brasil vivia em uma crise, havia somente um colégio, o Ginásio do Estado e para se matricular era preciso passar por um rigoroso exame admissional. A camada mais carente da população era quase em sua totalidade analfabeta. Os admitidos nesse Colégio eram somente os filhos da aristocracia brasileira e extrangeira. Estes, formavam-se doutores e posteriormente canditatavam-se aos cargos públicos e sempre eram eleitos, restando ao povo somente a conformação, e aquele que se exaltava era logo literalmente calado pela polícia a mando do governo. Quando o governo perdia alguma eleição, imediatamente a anulava ou adicionava por conta própria cédulas nas urnas com o candidato da situação. Nunca o povo poderia sair da condição precaríssima que estava, trabalhando de 12 a 14 horas todos os dias se não fosse a revolução vitoriosa que se inciou com Os 18 do Forte de Copacabana em 1922 no Rio de Janeiro, 5 de julho de 1924 em São Paulo e 1930 com quase todo o Brasil unido.

5 de Julho de 1924

Na madrugada do dia 4 para 5 de julho de 1924 começa se pôr em prática os planos revolucionários elaborados depois do massacre de 1922. (Os 18 do Forte de Copacabana foram assassinados por 4.000 soldados do governo com tiros de fuzis e metralhadoras) As guarnições rebeladas do Exército e da Força Pública unidas saem as ruas de São Paulo determinados a tomar a cidade a todo custo. O governo reage ao enfrentamento pondo em uso todas as armas de que dispunha disparando seus canhoões incessantemente destruindo tudo o que os projéteis alcançavam. O presidente do Estado de São Paulo, Carlos de Campos foi alertado dos danos que estavam sendo causados a cidade, mas disse que o importante era o moral da burguesia e que não deveria se interromper o ataque.

O chefe da revolução, o general Isidoro Dias Lopes, no dia 8, dá órdens de cessar a revolta mas o major Miguel Costa não concordou com a decisão e assumiu a revolução tomando São Paulo na madrugada do dia 8 para 9 de julho. O governo se exilou no interior e quando São Paulo estava sob o poder dos revolucionários o general Isidoro reassume a liderança da revolução.

Centenas de tropas fiéis ao governo são convocadas para liquidarem com os revolucionários e com os ataques macissos, estes resolvem abandonar a cidade para evitarem maiores danos e preservarem a vida dos civís. A manobra estratégica foi sair de trem em absoluta ordem e silêncio carregando todas as armas e munições possíveis.

Na cidade de Foz do Iguaçú (Paraná) perseguidos pelos legalista (soldados fiéis ao governo) os 1500 revolucionários aguardam o confronto com as tropas governistas chefiadas pelo general Candido Rondom. Dizia estar com os revolucionários no fundo de uma garrafa e com a mão no gargalo. (Fóz do Iguaçú faz divisa com o Paraguai. Rondom não imaginou que não havia muro separando os dois países e foi justamente pelo Paraguai que os revolucionários evitaram combate quebrando o fundo da garrafa de Rondom) Os revolucionários paulistas aguardavam a adesão de outros estados do Brasil para juntos combaterem. Os únícos que apareceram foram os gaúchos que se somaram aos paulistas. Esses, estavam em condição de miséria humana, do Rio Grande do Sul, partiram com pouquíssimas armas, aquele Estado não dispunha de armamento. Abastecidos pelos paulistas. O general Isidoro transfere o comando geral da revolução ao já general revolucionário Miguel Costa. Os costumes de paulistas e gaúchos dificultou a travessia pela República do Paraguai. Em junho de 1925 Miguel Costa organiza a tropa criando a 1ª Divisão Revolucionária. Nessa divisão o General Miguel Costa criou o Estado Maior, organismo de cúpula que ficou a cargo do líder gaúcho Luiz Carlos Prestes e quatro destacamentos.

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