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Quando mudar de emprego

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No meu curso de expressão verbal, mantenho contato frequente com profissionais que exercem funções de supervisão para cima nas mais diferentes áreas. Uma conversa recorrente recai sobre a conveniência de mudar ou não de emprego. Imagino que esses alunos levantem essa questão comigo por se sentirem mais confortáveis.

Não sentem o risco que, provavelmente, correriam falando de um assunto tão delicado na empresa em que ainda trabalham. Não sofrem as pressões que normalmente sofreriam se conversassem em casa com a esposa, o marido, ou qualquer outra pessoa da família.

Com poucas alterações, ouço uma afirmação que mais se assemelha a uma pergunta: Professor Polito, estou pensando em mudar de emprego. Minhas observações seguem uma linha que considero lógica. Pergunto: por que você deseja mudar de emprego, não se sente bem na empresa atual?

São poucos aqueles que dizem não se sentir bem trabalhando na empresa. Quase sempre a resposta é dada com uma destas duas explicações: ou que trabalham na empresa há muito tempo, acima de três anos, ou que desejam ganhar salário melhor, 20% a 30% a mais do que ganham atualmente.

Mudar de emprego exercendo a mesma função, sem avaliar de maneira clara as reais possibilidades de crescimento na carreira, apenas porque está na mesma empresa há três ou cinco anos, não me parece ser um bom motivo para a decisão. O mesmo raciocínio serve para o aumento salarial.

Se você trabalha na mesma empresa há muitos anos, mas tem ocupado funções diferentes, desafiadoras, que permitem aprendizado constante, não vale a pena mudar. A não ser que seja para ocupar uma posição de nível hierárquico superior, e numa organização no mínimo do mesmo porte ou de maior importância.

Não será uma boa decisão deixar de aproveitar o crescimento da carreira dentro da própria empresa para ficar estagnado em outra organização, que não lhe proporcione a possibilidade de enfrentar e superar novos desafios. Portanto, a decisão de trocar de emprego deve levar em conta vários fatores.

O mesmo conselho que dou aos meus alunos passo a você que, talvez, esteja com a mesma dúvida. Avalie bem como está se sentindo no emprego atual. Considere principalmente se tem tido a oportunidade de aprender e se desenvolver no exercício de diferentes funções. Compare o tamanho e o poderio da empresa atual com aquelas que pretende procurar.

E agora o ponto mais importante de todos: você é feliz com o que faz na empresa em que trabalha ou na carreira que desenvolve? Na última semana, falei sobre uma decisão importante que tomei na minha vida profissional. Deixei um ótimo emprego, com excelente remuneração no mercado financeiro para me dedicar a minha maior paixão, ser professor de oratória, ganhando metade do que ganhava.

Para esse quesito, não há dúvida ou qualquer outra barreira que possa impedi-lo. Ser feliz no que faz é muito mais importante que qualquer remuneração ou posição hierárquica. A vida passa rápido. Não deixe chegar o dia em que ao olhar para trás sinta que consumiu boa parte da sua existência fazendo o que não desejou fazer. Não tem volta. A decisão é sua.

Superdicas da semana

  • Não mude de emprego apenas porque está na empresa há muito tempo
  • Avalie as vantagens para sua carreira antes de mudar
  • Vale a pena permanecer na empresa enquanto estiver aprendendo e se desenvolvendo
  • Posição hierárquica superior em empresa igual ou maior é bom motivo para mudar
  • O maior motivo para ficar ou sair de uma empresa: ser ou não feliz com o que faz