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História da Paraíba: 5.1. Divisão Geopolítica da Paraíba

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5.1.1 Localização:

 

A Paraíba se encontra localizada no leste da região Nordeste. Com uma área de 56.584,6 Km², o Estado se caracteriza como um dos menores do país.

Por ser cortado pelo Planalto da Borborema, a região sertaneja do Estado possui um clima extremamente seco, característico do sertão nordestino. Isso ocorre porque o Planalto da Borborema impede a passagem de massas de ar que iriam provocar chuvas no interior.

5.1.2 Limites:

A Paraíba possui, entre seus extremos, a Ponta do Seixas, importante ponto turístico da capital do Estado. Localizada na praia do Cabo Branco, a Ponta do Seixas é o local que marca o ponto mais oriental das Américas. Este local marca o limite do Estado para o leste, onde o mesmo se encontra com o Oceano Atlântico.
Já à oeste, a Paraíba se limita com o Estado do Ceará, cuja capital é Fortaleza.
Ao norte, o Estado se limita com o Rio Grande do Norte, que tem Natal como capital.
Finalmente, ao sul, a Paraíba se limita com o Estado de Pernambuco, cuja capital é Recife.

5.1.3 Microregiões

Microregiões Homogêneas
Catolé do Rocha 2.952 Km²
Seridó Paraibano 2.669 Km²
Curimataú 2.755 Km²
Piemente da Borborema 2.345 Km²
Litoral da Borborema 2.345 Km²
Sertão de Cajazeiras 5.567 Km²
Depressão do Alto Piranhas 12.409 Km²
Brejo Paraibano 1.105 Km²
Agro Pastoral do Alto Paraíba 1.698 Km²
Serra do Teixeira 3.043 Km²


5.1.4 Relevo:

As terras que formam a Paraíba não apresentam a mesma forma em todo o Estado. A baixada litorânea possui altitudes que variam entre 0 e 10 metros e tem as seguintes formas de relevo:

I - As praias: Depósitos arenosos ou terras de várzeas, que ficam junto às embocaduras dos rios que lançam suas águas no Oceano Atlântico.
II - Restingas: Depósitos arenosos em forma de língua ou flecha.
III - Dunas: São montes de areia formados pela ação dos ventos.
IV- Mangues: São planícies de marés com vegetação formada por árvores e arbustos.

Os tabuleiros variam de altitude de 20 a 30 metros, havendo alguns com até 200m. São formados pelo acumulo de terras provenientes de lugares mais altos. São terras altamente férteis e próprias para o cultivo da cana-de-açúcar.
As planícies aluviais correspondem aos grandes vales formados pelos rios Paraíba e Mamanguape, que cortam os tabuleiros.

O Planalto da Borborema constitui a parte mais elevado do relevo paraibano, cruza a Paraíba de Nordeste a Sudeste, com presença de várias serras, com altitude variando entre 500 e 650 metros. Entre as principais serras, podemos destacar a da Araruna, Viração, Caturité, Teixeira, Comissária e outras.
Na Serra de Teixeira fica o Pico do Jabre, o ponto mais elevado da Paraíba, com mais de 1.000 metros de altitude.

A depressão sertaneja se inicia em Patos, após a serra da viração. Constituem um conjunto de terras baixas, ocupando uma área extensa entre a Borborema e as terras situadas nos estados vizinhos.

5.1.5 Clima

A Paraíba situa-se à faixa tropical do hemisfério sul, pois está a uma latitude de 7° próximo ao Equador, porém existem desvios significativos no sentido leste-oeste dos ventos, provocados pelas regiões planálticas.

A região situada próximo ao Equador recebe uma alta radiação energética, que corresponde a 3.000 horas de insolação anual, determinando um clima quente e úmido, com temperatura média anual de 26°C. Percebe-se também pequenas diferenças térmicas influenciadas pelo relevo.

A Paraíba situa-se dentro das faixas dos ventos do Sudeste (alísios), porém estes ventos sofrem desvios relevantes devido à presença de áreas serranas, mais ou menos transversais à direção destes ventos, o que evidenciam sobre a força e a continuidade da massa de ar. Este fato determina uma zona de chuvas abundantes na parte oriental, no inverno; uma zona de chuvas escassas na parte central, no verão e uma zona de chuvas menos escassas na parte ocidental no verão e outono.

O total pluviométrico de 400 a 1.000 mm, juntamente com o período de seca, possuem grande influência na atividade agropecuária da Paraíba.
Podemos concluir que as regiões mais próximas do mar estão sob o domínio do clima quente e úmido. A partir que distanciam-se do litoral as regiões passam a ter o predomínio de climas quentes e secos.

5.1.6 Hidrografia

A mais forte característica dos rios paraibanos é o fato de a maioria serem temporários, ou seja, diminuem bastante de volume ou mesmo secam nos períodos de saca, principalmente no sertão, o que complica a agricultura na região.

As principais bacias hidrográficas da Paraíba são a do rio Piranhas, a do Paraíba, a do Curimataú, a do Camaratuba, a do Mamanguape, a do Miriri, a do Gramame e a do Abiaí.

A principal bacia de todas é a do rio Piranhas, que nasce na serra do Bongá, na fronteira com o Estado do Ceará. Ele tem uma relevante importância para o Estado, uma vez que através da barragem de Mãe D'Água, em Coremas, viabiliza a irrigação de muitas terras.
O Rio Paraíba, o mais famoso do Estado, nasce na serra de Jabitacá, em Monteiro, no Planalto da Borborema.

5.1.7 População:

No final da década de 70 e início de 80, a Paraíba possuía uma população de 2.770.176 habitantes. Um novo recenseamento, realizado em 1996, revelou uma população total de 3.305.562 habitantes, sendo 1.598.372 homens e 1.707.190 mulheres.

A população descendo do elemento branco, que era o português colonizador, do negro, procedente da África como escravo para trabalhar na agricultura, e o índio, de origem local.
A população é essencialmente mestiça, resultante da miscigenação dos três grupos étnicos:

Mulato: Mistura do branco com o negro. Predominante no litoral do Estado.
Caboclo: Mistura do branco com o índio, predominante no interior do Estado.
O cafuzo: Mistura do negro com o índio. Este é mais raro.

A Paraíba ocupa o 4° lugar no Nordeste em população absoluta, com uma densidade demográfica de 58,63 hab/Km².

O litoral tem as maiores densidades do Estado, com 300 hab/Km², observados na grande João Pessoa, por ser uma área mais urbanizada e polarizadora. O Agreste e o Brejo vêm depois com densidades entre100 e 300 hab/Km², seguido do Sertão, com densidades entre 10 e 25 hab/Km², elevando-se para 50 hab/Km² em algumas regiões urbanas.

Em 1970, a população paraibana se encontrava, na sua maioria, no campo. Haviam 58% de habitantes no campo, contra 42% nas cidades. Em 1980, o quadro já havia se invertido (42% rural e 58% urbana). Essa mudança, que ocorreu em todo o país nesse período e que tende a evoluir, é proveniente do êxodo rural, onde famílias inteiras saem do campo e vão para as cidades a procura de melhores condições de vida.
Entre os anos de 70 e 80, houve redução de pessoas no setor primário, de 64,83% para 49,99%, o que só veio a confirmar a transferência da população do campo para as cidades. Durante este período, verificou-se um crescimento do setor terciário, de 26,44% para 36,96%. Isto se justifica pelo fato de as pessoas provenientes do campo trabalharem nas cidades justamente neste setor.
De acordo com o censo de 1980, 54,5% da população possuía entre 0 e 19 anos, 37,8% entre 20 e 59 anos e 7,7% com 60 anos ou mais.
Já o censo de 1989 mostrou um declínio da população jovem para 48,4%, o aumento da população adulta para 42,2% e dos idosos para 9,4%.