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Você deve saber que as pessoas responsáveis pela organização das provas de redação não pretendem cobrar dos alunos trabalhos que estejam além de seus conhecimentos, idade e amadurecimento. Não se pretende quando se propõe o tema "poluição", que você realize um verdadeiro tratado de ecologia. Afinal, o aluno encontra-se na faixa de idade variável (em média) entre 15 e 19 anos e não lhe é possível, pela pouca vivência, tratar um assunto de maneira profissional.

Entretanto, não é plausível que uma pessoa que pretende ingressar numa universidade, cursar o ensino superior, manifeste ideias absurdas, ilógicas, infantis.

É presumível que exista uma média de conhecimento considerados razoáveis para uma pessoa que pretende tornar-se universitária.

Que fazer para melhorar o nível de conteúdo das redações? Só há um remédio - a leitura. O ideal será o contato com bons livros, de preferência os que discutam os assuntos mais atuais. Mas, leitura exige tempo, exige tranquilidade... Os alunos, às voltas com teoremas matemáticos, com leis de físicas ou com as reações químicas, amedrontados com a carranca do vestibular, não dispõem de tempo e nem mesmo condições psicológicas para uma leitura atenta e proveitosa... Resta-nos, daí, uma saída - os jornais, as revista e alguns bons programas de TV. E alguns sites como este.

Não seja extremista ou radical

Por serem mais agressivos em seu temperamento, por terem desenvolvido certas neuroses ou frustrações durante a sua vida, certos alunos quando chamados a desenvolver uma redação sobre um tema polêmico como política, religião, moral, esporte, passam a definições ou argumentações violentas e comprometedoras.

Guarde bem isto: Não é fácil utilizar o verbo SER.

Se um aluno escreve: "Os governantes são omissos e inoperantes na resolução dos problemas de nossa cidade", está fixando um posição de agressão a todos os governantes da cidade. É gravíssima a GENERALIZAÇÃO sem provas. Seja mais equilibrado na abordagem do tema, não se deixando levar por atitudes irascíveis.

Pese bem a força dos vocábulos

Existem profundas diferenças entre a linguagem falada e a linguagem escrita. Às vezes, uma palavra utilizada na expressão escrita adquire uma força negativa acentuada. Se alguém disser numa roda de amigos: candidato cretino aquele, a palavra cretino não resulta tão violenta.

Porém, se você escrever: "Não será este candidato, com toda a sua cretinice, que irá combater a inflação", a palavra cretinice causa uma estranheza acentuada no leitor virtual do texto.

A humildade exagerada empobrece a redação

Em todos os manuais de boas maneiras, em todos códigos de conduta social, recomenda-se a modéstia, a simplicidade, a humildade.

Isso não quer dizer que você deva arvorar-se como o mais ignorante dos homens para que o corretor de sua redação simpatize com você. Existe um mínimo de dignidade. Existe aquele orgulho pessoal de se sentir razoavelmente bem informado sobre a realidade que nos cerca. Se diante de um tema você escrever: "Não me julgsuficientemente culto para opinar, porém, vou arriscar algumas ideias..." estará colaborando com a avaliação negativa do conteúdo de sua redação.

Assim como o excesso de humildade influencia negativamente, o excesso de nacionalidade, ufanismo, religiosidade pode resultar ridículos aos olhos do corretor da redação.

A repetição de ideias

Por vezes, o candidato vê-se vazio de ideias. Após titânico esforço mental, aparecem-lhes algumas, surradas e insuficientes para preencher as linhas exigidas... Que faz ele? Recurso muito usado é escrever em letras bem maiores ou deixar espaços grande entre as palavras. Nada disso, porém, passará despercebido ao corretor... Estratégia mais comum é a repetição de ideias ou a insistência em pormenores de mesmo importância, anteriormente expressos. Esses recursos são condenáveis. Não passam de maneira veladas de disfarçar a incapacidade para enfrentar o tema. Não desconhecemos, no entanto, que muitos alunos poderão encontrar-se em situações semelhantes... É claro que, neste caso excepcional, ele deve apelar para a repetição, desde que feita de maneira habilidosa. É preferível insistir numa ideia, vestindo-a de roupagens novas, a entregar a prova em branco, ou a apresentar algumas poucas linhas, bem abaixo do limite exigido.