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Renascimento (mentalidade moderna)

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A construção de um novo modelo de homem

A transição do feudalismo para o capitalismo, um processo amplo que, além do campo econômico e político, também foi modificando valores, ideias, arte e tecnologia da sociedade europeia. Mais confiante em suas forças e possibilidades, o homem deixou de olhar tanto para o alto, em busca de Deus, passando a dar valor a si mesmo. O ser humano se redescobre como criatura e criador do mundo em que vive. Essa nova maneira de pensar e ver o mundo refletiu-se nas artes, na filosofia e nas ciências.

O Homem moderno

Durante boa parte da Idade Média, na sociedade europeia, as pessoas estavam presas a um status da hierarquia social. Servo ou senhor, vassalo ou suserano, mestre ou aprendiz, a posição de cada pessoa inseria-se numa estrutura rígida e verticalizada. Na Idade Moderna, os laços dessa estrutura de dependência e fidelidade romperam-se, abrindo espaço para que o indivíduo pudesse emergir.
Em contraposição à mentalidade cristã medieval, os tempos modernos formularam um modelo de homem, caracterizado pela ambição, pelo individualismo, e pela competitividade. Alguém disposto a empregar suas energias na análise e na transformação do mundo em que vivia.

Os novos valores

Em substituição aos valores dominantes de Idade Média, a mentalidade moderna formulou novos princípios.

I. Humanismo: em vez de um mundo centrado em Deus (teocêntrico), era preciso construir um mundo centrado no homem (antropocêntrico), desenvolvendo uma cultura humanista.
II. Racinismo:
em vez de explicar o mundo pela fé, era preciso explicá-lo pela razão, desenvolvendo o racionalismo, principalmente nas ciências.
III. Individualismo: Em vez da ênfase no aspecto coletivo e fraternal da cristandade, era preciso reconhecer e respeitar as diferenças individuais dos homens livres, valorizando o individualismo, diretamente associado ao espírito de competição e à concorrência comercial.