Prudente José de Morais e Barros (1894- 1898)  Eleito em 1o. de março de 1894, tomava posse a 15 de novembro nosso primeiro presid... Pressione TAB e depois F para ouvir o conteúdo principal desta tela. Para pular essa leitura pressione TAB e depois F. Para pausar a leitura pressione D (primeira tecla à esquerda do F), para continuar pressione G (primeira tecla à direita do F). Para ir ao menu principal pressione a tecla J e depois F. Pressione F para ouvir essa instrução novamente.
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Republica Oligarquica, A

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Prudente José de Morais e Barros (1894- 1898) 

Eleito em 1o. de março de 1894, tomava posse a 15 de novembro nosso primeiro presidente civil: Prudente José de Morais e Barros.

Assumiu a presidência da república em uma época de crise; forte depressão econômica resultante do encilhamento, sérias sobrevivências do antagonismo político que ensanguentara o quadriênio anterior e a desordem administrativa avultavam entre os grandes problemas que teria de solucionar.

Desejando encerrar a fase revolucionária que enfraquecera a República, consegui Prudente de Morais pacificar o Rio Grande do Sul, ainda conturbado pela revolução federalista. Seriam anistiados os comprometidos no movimento. Outros fatos importantes marcariam seu governo; enquanto Rodrigues Alves, Ministro da Fazenda, tentava a recuperação financeira do país, discutiam-se e resolviam-se alguns problemas importantes com outras nações.

Em fevereiro de 1895 resolvia-se com o arbitramento do presidente dos Estados Unidos, Grover Cleveland, a questão de limites com a Argentina; no mês seguinte reatavam-se relações diplomáticas com Portugal, rompidas um ano antes, quando dois navios portugueses deram asilo político a Saldanha da Gama e a outros participantes da Revolta Armada. Com a Inglaterra solucionou-se o caso da ilha da Trindade, ocupada desde dezembro de 1895 pelos ingleses, sob a alegação de não existirem ali marcos indicativos da posse brasileira.

Porém, o maior problema com que se deparou o governo de Prudente de Morais, foi a sangrenta campanha de Canudos. Antônio Conselheiro pregava entre jagunços, a restauração da monarquia no Brasil. Na verdade a guerra que ocorreu em Canudos poderia ter sido evitada por uma pequena ajuda na saúde, educação e assistência social. Mas o governo preferiu causar um longo extermínio pelo fogo da cidade com uma população que na verdade nem sabia ao certo a diferença entre monarquia e república. Sob a proteção do estado de sítio, autorizado rapidamente pelo Congresso, pode então Prudente de Morais, com razoável energia, dedicar seu último ano de governo aos problemas da Administração Pública.

Canudos

O maior problema com que se deparou o governo de Prudente de Morais, foi a sangrenta campanha de Canudos. Surgira em 1893, no interior da Bahia, o cearense Antônio Vicente Mendes Maciel, posteriormente conhecido pelo apelido de Antônio Conselheiro. Apresentado-se como profeta, pregava entre os sertanejos analfabetos, esquecidos pelo império, a restauração da monarquia e a volta de D. Sebastião, rei de Portugal, que sairia das ondas do mar com todo o seu exército. Reunira Antônio Conselheiro em torno de sua personalidade messiânica um grande número de seguidores que logo lhe atribuíram milagres extraordinários, estabelecendo-se nas margens do Vaza-Barris, vilarejos onde seria incontestável a autoridade de santo.

O governo da Bahia mandou uma pequena força policial a Canudos em 1896, pois a agitação promovida por Antônio Conselheiro punha em sobressalto os comerciantes e fazendeiros das vizinhanças. A expedição foi surpreendida por uma multidão de fanáticos que promoveu furiosos ataque obrigando a retirada imediata dos soldados. Uma segunda expedição em dezembro do mesmo ano, com 600 homens foi derrotada pelos jagunços. Uma terceira expedição dessa vez com 1300 homens bem armados foi mandada para lá. Foi um novo fracasso, só que dessa vez os jagunços se apoderaram das bagagens e o armamento de uma brigada do exército. A quarta expedição militar foi organizada pelo ministro da Guerra, Mal. Carlos Machado Bittencourt, que partiu para a base de operações na Bahia. Composta de 6 brigadas, perfazendo quase 6000 homens. Contava com artilharia de grosso calibre. A fome, a sede, o calor e a resistência fanática dos jagunços tornaram a expedição uma das mais dramáticas páginas da história republicana. A 30 de setembro de 1897 foi desfechado o ataque final. Os jagunços famintos, sedentos e esfarrapados defenderam palmo a palmo seus últimos redutos. A 5 de outubro pouco restava do arraial sertanejo. Um incêndio, ateado com querosene e dinamite destruíra os numerosos casebres que compunham a estranha cidadela do sertão nordestino. Antônio Conselheiro estava morto e com ele milhares de jagunços. O exército perdeu cerca de 4000 homens para destruir Canudos.

Antônio Conselheiro fora considerado um inimigo da República, quando na verdade vivera apenas um drama messiânico e dirigira com sua personalidade psicopática o fanatismo religioso de uma pobre população, cujo atraso, evidentemente jamais permitiria a compreensão das diferenças entre república e monarquia. A Campanha de Canudos poderia ter sido evitada com escolas, saúde pública, ajuda econômica e assistência social. Preferiu- se a pior solução: o extermínio pelo fogo de um pungente drama social.

Manuel Ferraz de Campos Sales (1898 - 1902)

Após ser eleito juntamente com o vice Francisco de Assis Rosa e Silva, preocupou-se principalmente com as finanças do país, abaladas não só pelas consequências do encilhamento como também pela agitação política. Para a execução de sua política financeira, tomara Campos Sales algumas providências, antes mesmo de assumir a presidência da República. Negociara com banqueiros estrangeiros um acordo denominado Funding Loan, pelo qual ficavam suspensos durante algum tempo os pagamentos de juros dos empréstimos anteriores, contraindo-se, para isso, novo empréstimo.

Na execução de seu programa financeiro contou Campos Sales com o ministro Joaquim Duarte Murtinho, cujas medidas de compressão de despesas e aumento de impostos provocaram queixas amargas e acusações de que se estava retardando o progresso do país. Realmente, tal fato pode ser constatado posteriormente, com o agravante de que capitais estrangeiros haviam passado a controlar grande parte da economia nacional.

Para tranquilidade de sua administração organizou Campos Sales a chamada "política dos governadores", que consistia no seguinte: os senadores e deputados correligionários dos governadores dos Estados teriam amplo prestígio junto ao Governo Federal. Este receberia em troca o apoio dos governadores estaduais na execução da política geral do país. Diminuía assim, naturalmente, a importância dos partidos, ao mesmo tempo que se fazia a política dos governadores.

O resultado imediato da política dos governadores foi a formação de oligarquias estaduais que, apossando-se da direção dos Estados, realizariam, daí em diante, eleições nem sempre isentas de fraudes e sufocariam prontamente tentativas de rebeldia como as surgidas no Mato Grosso, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Goiás. Ao mesmo tempo, Minas Gerais e São Paulo demograficamente mais fortes, conquistaram o primeiro plano na direção da política republicana.

Francisco de Paulo Rodrigues Alves (1902-1906) Rodrigues Alves servira à monarquia como presidente de sua província natal e fora ministro da Fazendo no governo de Floriano Peixoto. No seu quadriênio, evidentemente o mais progressista da República Velha, contou com ministros capazes como José Maria da Silva Paranhos na pasta do Exterior, Lauro Muller na Viação, almirante Júlio César de Noronha na Marinha e José Joaquim Seabra no ministério do Interior.

Durante seu governo modificou-se o aspecto acanhado e provinciano do Rio de Janeiro, construiu-se a grande Avenida Central (hoje Av. Rio Branco) paralelamente ao início das obras do porto. Alargaram-se praças, destruíram-se pardieiros, modernizou-se a capital da República. Durante o governo de Rodrigues Alves libertou- se o Rio do flagelo periódico da febre amarela, que todos os verões ceifava numerosas vidas. O grande plano de erradicação do terrível mal foi executado pelo médico e cientista brasileiro Osvaldo Cruz. Aperfeiçoando os processos usados pelos americanos em Cuba e nas Filipinas, Osvaldo Cruz conseguiu praticamente, 1906, livrar a cidade da doença.

Houve também, durante o Governo de Rodrigues Alves, uma campanha pela obrigatoriedade da vacina de varíola. Houve vários protestos que alegavam a liberdade individual. Aproveitando-se da situação, algumas pessoas, militares e civis, tentaram um golpe revolucionário. O governo feriu alguns dos vários líderes do movimento então os outros líderes abandonaram a luta. Assim o governo consegui controlar a situação. Pacificada a República, Rodrigues Alves pode continuar a administração.

A política exterior - A maior figura do ministério escolhido pelo presidente Rodrigues Alves foi, sem dúvida, José Maria Silva Paranhos Jr., barão do Rio Branco. Filho do visconde de Rio Branco, já exercia a diplomacia quando sobreveio a República, a quem serviu patrioticamente, não obstante sua indisfarçada preferência pela monarquia.

A atuação de Rio Branco na Pasta das Relações Exteriores foi marcada, principalmente pela solução de uma grave pendência relativa à fronteira Brasil-Bolívia, compreendendo a vasta região do Acre. Pelo Tratado de Petrópolis, assinado a 17 de novembro de 1903, foi incorporada definitivamente ao nosso país a região acreana. O Brasil pagou uma indenização à Bolívia que poderia recuperar em poucos anos, com a cobrança de impostos regulares à União.

Embora algumas obras fossem iniciadas em Belém, Recife e Salvador, estas cidades não conseguiram acompanhar o surto do progresso sulino. O eixo econômico e político deslocara-se completamente para o sul. Em 1872 ainda se equilibravam as populações das duas grandes zonas geográficas. Em 1900 haviam triplicado as populações de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, contando a população meridional com uma diferença de 3 milhões de habitantes sobre a população setentrional.

Afonso Augusto Moreira Pena (1906 - 1909)

Afonso Pena recebera o governo numa época de prosperidade, porém persistiam velhos problemas nacionais como a miséria das classes proletárias, a corrupção política e a formação de oligarquias provinciais. A antiga aristocracia rural da cana-de-açúcar decaíra completamente; os patriarcais fazendeiros de café começaram a sofrer a concorrência das novas classes urbanas e industriais que procuravam afirmar-se na direção política.

Durante o Governo de Afonso Pena realizou-se em Haia uma conferência internacional sobre a paz. Nosso representante foi Rui Barbosa, cuja dialética segura defendeu os interesses não somente do Brasil, mas de todas as nações pequenas, contra os privilégios pretendidos pelas grandes potências.

Cabe a Afonso Pena o mérito de ter apoiado o amplo programa ferroviário desenvolvido pelo ministro Miguel Calmon. Completam-se as ligações São Paulo - Rio Grande do Sul - Rio de Janeiro - Espírito Santo. Compreendendo a importância do elemento europeu no desenvolvimento do país, acelerou a imigração. Em 1908 perto de 100 000 colonos espalhavam-se pelo Sul do país, destacando-se o elemento italiano.

Melhorou-se a esquadra com a aquisição de várias unidades navais entre as quais os couraçados Minas Gerais e São Paulo. Realizou-se em 1908 a grande Exposição Nacional que, comemorando o centenário da lei da abertura dos portos do Brasil, mostrava o progresso do país. O presidente, porém, não sobreviveu ao seu mandato; faleceu em junho de 1909. Assumindo assim, seu vice Nilo Peçanha por um mandato de mais um ano e 5 meses.

Nilo Peçanha (1909 - 1910)

Após a morte do presidente Afonso Pena, assumiu o vice- presidente Nilo Peçanha. Durante o curto período de seu governo foi criado o Serviço de Proteção aos Índios cuja direção foi entregue ao então coronel Cândido Rondon, a quem tanto deveria a República na obra de integração do selvagem brasileiro na civilização.

No seu governo desenvolveu-se a campanha eleitoral do período seguinte. Dois candidatos se apresentaram: Rui Barbosa, defendendo o civilismo, isto é, a predominância civil no governo da República; e o marechal Hermes da Fonseca, elemento de prestígio no seio das classes armadas. Venceu o candidato militar. A república atravessaria dias difíceis.

Mal. Hermes Rodrigues da Fonseca (1910 - 1914)

Juntamente com Hermes da Fonseca, nas eleições de 1o. de março de 1910, o vice-presidente eleito foi Venceslau Brás. Funcionara bem o sistema das oligarquias estaduais conjuntamente com a pressão militar. Homem bom, porém indeciso, o novo presidente da República deixou-se influenciar pelos políticos que o cercaram. O barão do Rio Branco foi mantido no ministério do Exterior; para o ministério da Guerra foi convidado o general Dantas Barreto. A Pasta do Interior e Justiça foi ocupada pelo rio-grandense Rivadávia Correia, leal correligionário do influente político Pinheiro Machado.

Apoiado no Rio Grande do Sul pelo governador Borges de Medeiros e prestigiado pela maioria dos governadores dos outros Estados, Pinheiro Machado foi o político de maior influência na primeira fase do governo de Hermes da Fonseca. Uma grande modificação política, porém, sacudira o país. Muitas oligarquias estaduais foram substituídas, ocorrendo conflitos, principalmente na Bahia, em Pernambuco e no Ceará. Surgiram assim as "salvações" e muitas, como por exemplo a de Dantas Barreto em Pernambuco, e de J. J. Seabra na Bahia, eram francamente hostis à dominância política de Pinheiro Machado. Com muita razão disse o historiador José Maria Bello que, "instalados nos governos que haviam conquistado pela violência, mas com o apoio das massas populares fatigadas do longo domínio das oligarquias, os 'novos salvadores' montaram as suas máquinas locais, ainda mais intransigentes do que as antigas".

Logo nas primeiras semanas do governo Hermes da Fonseca, os marinheiros dos maiores navios da esquadra amotinaram- se revoltados contra o regime de castigos corporais ainda vigente na Marinha. Ameaçando bombardear a cidade foram anistiados pelo governo que, escarmentado, puniu, posteriormente, com excessiva severidade, os implicados em uma nova revolta surgida a 9 de dezembro entre os fuzileiros do quartel da Ilha das Cobras e a tripulação do "scout" Rio Grande do Sul.

O governo Hermes da Fonseca teve de enfrentar um problema semelhante ao de Canudos. Nos sertões limítrofes do Paraná e Santa Catarina, o fanático João Maria, apelidado o Monge, instalara-se na região do Contestado, zona disputada pelos dois Estados. Em pouco tempo milhares de sertanejos sulinos congregaram-se em torno do Monge, repetindo-se o drama dos sertões da Bahia. Diversas expedições militares foram enviadas, sem resultado, para combater os fanáticos. Somente no quadriênio seguinte é que uma divisão composta de mais de 6 000 soldados, sob o comando do general Setembrino de Carvalho, conseguiria dispersar no Contestado os fiéis seguidores do fanático João Maria.

O desenvolvimento econômico do país sofreu seriamente os efeitos da instabilidade política. Retraíram-se os capitais europeus. O Norte sofreria, impotente, a concorrência da borracha asiática, encerrando-se a efêmera fase do progresso que vivera a Amazônia. Com suas receitas diminuídas, sem exportações, viu-se o governo na contingência de negociar um novo "funding loan", empréstimo que comprometeria ainda mais as abaladas possibilidades financeiras do país.

Uma reforma de ensino assinala a atuação de Rivadávia Correia na Pasta do Interior e Justiça que abrangia também os assuntos da instrução pública. Deu-se a mais ampla liberdade e autonomia às escolas superiores, que se multiplicaram então desordenadamente, agravando-se o problema de profissionais incompetentes.

Durante todo seu governo contara Hermes da Fonseca com o apoio de Pinheiro Machado. Em troca, dera-lhe tal prestígio, que o velho política gaúcho, líder no Senado, transformara-se, apesar da rebeldia de algumas salvações, no "supremo coronel" de todo todos os coronéis políticos do país.

Ao terminar o quadriênio presidencial de Hermes da Fonseca rebentara a 1a Guerra Mundial (1914-1918). O mundo iria atravessar dias difíceis. O Brasil também.

Venceslau Brás Pereira Gomes (1914 - 1918)

Ao assumir o governo Venceslau Brás, político mineiro que discretamente exercera a vice-presidência no quadriênio anterior, já rebentara a Primeira Guerra Mundial. Perturbado o comércio internacional, nossas exportações haviam caído assustadoramente. O prolongamento do conflito daria entretanto ao Brasil algumas oportunidades comerciais; gêneros alimentícios e matérias primas encontrariam sempre compradores dispostos a pagar altos preços. Além disso, a impossibilidade de importar produtos fabris, gerou paralelamente um surto industrial realmente acidental e não planificado, porém de qualquer forma, uma mudança importante em nossa estrutura tradicionalmente agrícola. O afundamento do navio brasileiro Paraná, obrigou o governo a romper relações com o Império Alemão. A opinião pública era positivamente a favor dos aliados. A França sempre gozara em nossas elites de grande prestígio e a monarquia imitara os modelos britânicos. Outros torpedamentos seguiram-se. Pouco depois (26 de outubro de 1917), com uma declaração de guerra, o Brasil oficialmente participava do conflito. Nossa ajuda aos Aliados contou sobretudo de fornecimento de gêneros e transportes marítimos.

Ainda no quadriênio de Venceslau Brás deve ser registrada a pacificação do Contestado, região nos limites entre os Estados do Paraná e Santa Catarina. Conseguiria o Presidente dirimir a pendência entre as duas unidades da Federação. A 20 de outubro de 1916 era assinado no Rio de Janeiro um tratado que definitivamente encerrava a questão.

Lamentavelmente, nos últimos meses do governo de Venceslau Brás, o país foi atingido pela terrível epidemia conhecida pelo nome de "gripe espanhola". Mataria cerca de 15 000 pessoas. Era uma das consequências da guerra. Devastara também outros países.

Francisco de Paula Rodrigues Alves ( 1918)

Eleito pela segunda vez, Rodrigues Alves não pode, contudo assumir a presidência pois adoeceu gravemente, vindo a falecer a 18 de janeiro de 1919. Assumira o governo o vice-presidente Delfim Moreira da Costa Ribeiro. Devido ao falecimento de Rodrigues, fora realizada uma nova eleição onde foi eleito Epitácio Pessoa, que concorrera com Rui Barbosa.

Delfim Moreira da Costa Ribeiro (1918)

Eleito vice-presidente assumiu a presidência devido ao falecimento do eleito presidente Rodrigues Alves. Delfim Moreira, homem modesto e honrado, teve uma administração que se destacou o nome do ministro da Viação Afrânio de Melo Franco. Porém ficou pouco tempo no cargo pois foi realizada uma nova eleição onde ganhou Epitácio Pessoa.

Epitácio da Silva Pessoa 1919 - 1922

Após ser eleito pela segunda vez, Rodrigues Alves não pode assumir a presidência, pois adoeceu gravemente, vindo a falecer em 18 de janeiro de 1919. Assumiu então o governo, o vice-presidente Delfim Moreira. Realizada nova eleição, saiu vitorioso Epitácio Pessoa, que concorrera com Rui Barbosa.

Epitácio Pessoa iniciou seu governo sob os melhores auspícios. Homem culto e inteligente, fora senador, ministro da Justiça no governo Campos Sales. Na ocasião da escolha de seu nome como candidato à presidência da República, chefiava a delegação brasileira à Conferência da Paz. Sua experiência política, entretanto, não evitou que se organizasse no Congresso uma fortíssima oposição à sua administração.

Sendo nordestino, conhecia bem o drama das secas em sua região. Em pouco tempo foram construídos 205 açudes e 220 poços e acrescidas de 500 quilômetros as vias férreas locais. Cuidou também da economia cafeeira, conseguindo manter em nível compensador os preços do nosso principal produto. No início de seu governo, compreendendo que a prosperidade decorrente dos negócios efetuados durante a guerra tinha bases acidentais e transitórias, empreendera uma severa política financeira, chegando até a vetar leis de aumento de soldo das forças armadas.

Nomeara Epitácio Pessoa para as pastas militares dois políticos civis, Pandiá Calógeras e Raul Soares, revigorando assim, a tradição monárquica.