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Mulher: da Pós-moderna à Cativa

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por:

“O amor dum homem? – Terra tão pisada,
gota de chuva ao vento baloiçada... Um
homem? – Quando eu sonho o amor de um
Deus!...”(FLORBELA ESPANCA).

Mulher é um bicho esquisito... (diz a letra de Rita Lee e Roberto de Carvalho). Na verdade, mulher é um bicho esperto, águia criada como galinha. Não é à toa que tem uma história de repressão que traspassa séculos, apesar de alguns raros oásis de matriarcado. Entretanto, dando-lhe oportunidade ela é tanto quanto ou até mesmo mais capaz do que o sexo oposto. Mas, o lado prático e objetivo sempre foram mais atribuídos ao masculino. Sobre Lou Andreas-Salomé, Freud (apud PROSE, 2004, p.194) comenta: “Ela possui uma pureza infantil e uma integridade de caráter e, ao mesmo tempo, uma direção mental e uma independência bem pouco infantis e quase nada femininas”.

A capacidade de a mulher desenvolver atividades múltiplas, carga tripla ou mais de trabalho para atender a uma série de demandas que a tipifica como moderna, não deixa de ser admirável. Eis o ônus da sua modernidade conquistada. Como salienta França (2000), as mulheres nunca tiveram tanto acesso para se realizarem profissionalmente, o problema é que essa atividade vem somar-se o trabalho de dona de casa, mãe e esposa. Embora ocupem hoje espaços consideráveis, não tem como tamponar o fato de que muitas mulheres ainda vivem sob o julgo do macho. No fundo, é esse ente privilegiado que trabalha menos e tem ao seu dispor um maior número de regalias. Assim sendo, há mulheres que, mesmo inseridas no mercado de trabalho formal ou informal, permanecem desqualificadas enquanto profissionais e seres humanos.

Sem dúvida, existem mulheres egoístas, perversas, diabólicas, perigosas, e que fazem do próprio corpo instrumento de ganho e barganha. Enfim, como diz o poeta Andrade (2008, p. 13), as “mulheres são vidros cortantes - Navalhas que sangram [...] Sabem debrulhar o mundo - Acalentar corações! [...] Insanas, sanguinárias, sanguessugas celestias, selvagens, saborosas: frutas de todas estações”. Na análise de Touraine (2007), a sociedade faz um uso sempre mais ilimitado do corpo feminino, e agora também masculino, como estimulante comercial. Portanto, não é incomum que seus parceiros sejam dominados e explorados para atender as suas neuroses ou meros caprichos. Em último plano nessas “relações”, a principal atividade desses homens é paparicá-las, e existirem, apenas, em função delas. Entretanto, essas mulheres nunca estão satisfeitas, e, geralmente, os rejeitam como objeto sexual. Eles que se matem para lhes proporcionarem boa vida. Por vezes, as profissionais do sexo, comparadas a essas senhoras casadas, se mostram mais dignas. São tipos que, na realidade, sugerem supostas: donas de casa, mãe de família, dama da sociedade, que fazem mais jus à dominação de ordinárias que vivem inclusivamente para a farra e vida promíscua.

Ainda para Touraine (2007, p.81), “[...] os homens dominam as mulheres ... Isso era verdade ontem, hoje ainda o é, mas em parte e em menor proporção e sob novas formas”. Certamente isso é verdade nos países desenvolvidos. Mas, em países pobres, ou em desenvolvimento, o machismo, evidentemente, ainda é muito dominante. A maior parte do universo feminino consiste de mulheres que lutam pela vida, dão conta da casa etc., e, mesmo assim, submetem-se a seus parceiros. Quase não têm vida própria, e isso não é fantasia nos mais diversos níveis sócio-econômicos e culturais. Perece que todo esse contexto de sacrifício e anulação se justifica pela necessidade de, em compensação, ter o falo ao seu alcance e, religiosamente, o reverencia e agradece como uma dádiva divina. Colocam-se na condição de cachorrinho acolhido, na rua, por um coração generoso e, sumariamente, abençoado. A afirmativa de que “a mulher não vive sem o homem” (MICHELET apud NUNES, 2000, p.59), não somente remete ao passado, apesar da sua emancipação, por vezes na atualidade essa necessidade é potencializada: a mulher parece também precisar de um dono.

Há pouco presencie uma cena típica do coronelismo, uma jovem senhora, moderna - até já morou na Europa -, quando a mesma em conversa com o irmão, sobre assunto da família, foi escorraçada pelo marido. Desrespeitando o cunhado e a humilhando perante ele, o tal sujeito berrou ríspido e autoritário: “Isto não é hora de conversa, vá fazer o café”. A infeliz, feito um autômato, sem dizer uma palavra, simplesmente obedeceu à voz de comando e se dirigiu para cozinha, pegou uma chaleira para esquentar a água. A surpresa maior nesse incidente decorre de nunca se imaginar que uma mulher de aparência e atitudes modernas se submeta a tal vexame. Se a sua subsistência dependesse dele, mesmo que absurdo, de alguma forma seria admissível essa grosseria e retrocesso. Afinal, quem tem o poder do dinheiro associado ao machismo, sempre manda. Mas, não era esse o caso. Essa mulher não é uma analfabeta, não dependente dele, pois ambos trabalham na própria empresa, na qual, reconhecidamente, ela é muito mais produtiva.

É constrangedor presenciar comportamento da era colonial em pleno século XXI, constatar que ainda existe esse ranço de Coronel em sujeito não idoso. Ou seja, é possível suspeitar que muito casal viva numa farsa. Surpreendeu também o fato de que o crápula propaga detestar homem que grita ou espanca mulher. Mas sua atitude não é uma forma simbólica de espancamento? Talvez até pior porque antecedendo esta ação já houve uma dominação ou lavagem cerebral que quebra qualquer força de reação da “vitima”. O mais hilário ou patético é que essa moça, um tanto alienada, se diz feliz no casamento, e alvo de inveja de algumas pessoas. A julgar pela aparência isso pode até ser possível, uma vez que dificilmente se ver a dominação tirânica reinante por trás dos muros altos protegidos por pit bulls. Decerto, a loucura é tão comum nessa sociedade que muitos casais não têm mais a noção ou parâmetro de normalidade. Assim, a neurose, bem como de modo geral as patologias, parecem naturalmente aceitáveis nesses cotidianos.

Quando a mulher não trabalha, esse é um dado de realidade, está potencialmente sob o domínio do/s outro/s. Desse modo, Touraine (2007, p. 81 - acréscimo e grifo nosso) conclui “que é o homem - diria macho - que deve ser atacado, pois é ele que estabelece e mantém a desigualdade, em seu próprio benefício”. Porém, o modelo de sociedade que temos é falocrático, representado pela força e poder imediatamente associados ao macho. Assim sendo, quando a mulher conquista prestígio logo incorpora ou tenta incorporar uma postura masculina. Sua inserção no poder adquire essa aura machista porque, até então, ela não estava inscrita em nenhum tipo de poder que não fizesse referência ao privado. Assim, eram-lhe cabíveis as expressões: “dona do lar”, “rainha do lar”. Nessa perspectiva, Freud (apud POLI, 2007, p.31) profetiza que mulher se acompanha da mácula de nunca superar completamente a inveja do pênis, de jamais se estabelecer adequadamente a ponto de poder ocupar lugar de produção na cultura.

No entender de Butler (2003, p.168), “mulheres, lésbicas e gays não podem assumir a posição de sujeito falante no interior do sistema linguístico da heterossexualidade compulsória”. Essa assertiva é atenuada por Tourine (2007, p.85), quando ele diz que “[...] as mulheres já se apossaram da palavra, ainda que os homens continuem detendo o dinheiro e o poder”. É interessante notar que o autor usa o vocábulo “apossar”, ou seja, é algo que a priori não lhe parece espontâneo. Assim, ela toma, invade ou se apodera desse poder do outro, no caso, do homem. A mulher ainda não está inscrita, com certa cristalização, em nenhuma modalidade de poder de domínio público. Ela não tem como confrontar a figura fálica, ou se mostrar em nível de igualdade, não tem o falo. Talvez a gestação possa lhe dá alguma sensação romântica e/ou biológica (preservação da espécie) de poder. Mas, em parte, postiço porque a fecundação não é um feito unicamente da sua pessoa. Trata-se, mesmo que in vitro, de uma coodepedência.

O poder fálico de penetração do macho por cima da fêmea se generalizou, e mulher continua, por mais liberta que hoje possa se mostrar a sua sexualidade, debatendo-se nesse lugar de dominada. O poder e o domínio foram institucionalizados como inerentes ao macho, o resto é apenas a tentativa de amenizar essa supremacia, dar a ilusão de igualdade. Diria que há um mascaramento, porque, assim, seus tentáculos fazem uso silencioso do poder de domínio e manipulação sem protesto ou alarde. Quase todas as histórias de relacionamento, da parte da mulher, sempre têm um abrir mão, um ceder etc., que ressalta a valorização fálica. Talvez porque a mulher se encontre “embriagada” com o desfrute dessa atual liberdade sexual. Mas a mulher ainda é, na sua maioria, vítima do macho, e não tem “Maria da Penha” que dê jeito, até porque já se ventila a intenção de derrubá-la.

A questão é cultural, mudar no papel não implica diretamente transformação nas atitudes, até porque raramente as punições são exemplares. A mulher pobre, sem instrução ainda é a que mais sofre, e da qual se exige uma cota maior de sacrifício. Entretanto, mulher da faixa sócio-econômica mais elevada, como foi visto acima, não está, necessariamente, isenta do domínio direto ou do ranço machista. O poder do domínio fálico sempre foi imperativo nas sociedades capitalistas e, como consequência, machista. Somos uma sociedade machista, produto, por incrível que pareça, também da construção feminina. A mulher nas funções de mãe, babá e professora primária está na base da formação psíquica e moral do menino, portanto, é ela quem o instrui nas primeiras noções de gênero. Ou seja, a mulher é vítima do produto da sua própria criação. Há mulher que mesmo tendo ido à luta, conseguido espaço no mercado de trabalho, adquirido independência financeira tem dificuldade de se libertar da subjetividade infantil que a educação assim a doutrinou. Desse modo, se reconhece um ser menor, e traz latente segredo de Cinderela. Logo, ainda sonha com o príncipe que venha, em seu cavalo branco, resgatá-la de uma hipotética letargia para viverem eternamente num Castelo encantado.

Porém, o mais contraditório, visto com certa frequência na clínica, é que mulher quando domina o homem perde o interesse por ele, como se o domínio fosse inerente ao macho, e só a ele fosse legítimo. Não é por acaso a vulgar história da “pegada”, e muitos homens se obrigam a isso para fazer parte bem sucedida desse estereótipo quando, na realidade, muitos desejariam algo mais suave. A tal “pegada” é símbolo de poder, o objeto pegado está, em tese, na condição passiva. Na habitual guerra dos sexos, parece que o “sabor agridoce” da relação transparece como ideal, o homem dócil demais, subserviente e serviçal em breve se torna enjoativo, descartável ou eternamente explorado. Mas, muitas mulheres, por causa do acima exposto, parecem encontrar refúgio no parceiro neurótico, perturbado etc. Talvez devido ao fato de que os ditadores têm como destacada característica seu sentimento de posse, e isto as embalam na ilusão de ser objeto do amor. Por vezes, devido à forte carência ou por algum interesse implícito, muitas mulheres piram de vez, embrutecem-se ou se transformam em objeto de manipulação dos ditos companheiros, para dizer a si mesmas e mostrar para sociedade que não estão sozinhas.

Com base em Krafft-Ebing, Nunes (2000) ressalta que a existência de um masoquismo da mulher não seria patológica, mas uma expressão da sua feminilidade. Nesse sentido, Helene Deutsch (apud FRIEDAMN, 2002), salienta a necessidade feminina de ser subjugada, e que sua preparação psicológica para função sexual e reprodutiva está relacionada a algumas condutas masoquistas. Das “arquitetas de dores...” (ANDRADE, 2008, p.13), às vezes, dar para desconfiar que residam nelas, de fato, fragmentos de verdade desses postulados. A causa desse provável masoquismo da mulher, certamente existe em função do seu lugar de “segundo sexo” (expressão de BEAUVOIR, S.d.). Dizer para a criança que ela é estúpida, pela constância dessa mensagem ela passa a acreditar que é assim mesmo. Embora, mais tarde venha a descobrir esse equivoco, mas para sempre, devido à força do trauma, ficará gravado na sua memória e, inconscientemente, interferindo no seu presente. Na compreensão de Bauman (2006, p.86), para que o “domínio se sustente, é preciso tornar, e manter, vulneráveis, inseguros e amedrontados os objetos humanos”.

O macho é o reizinho de sua mãe, e foi criado para dominar, ser mimado, admirado por ter o falo, daí o extremo egoísmo, na sua ótica não existe outro agente detentor dos direitos e prazeres. Assim condicionado, é difícil ver a mulher como um seu igual que muda apenas de gênero e temperamento, porque ele não tem TPM. O significante fálico é poderoso, e se estende por todas as entranhas sociais, qualquer atitude imprudente incrementa essa supervalorização do macho. A mulher tem que saber lidar com essa coisa cotada como grandiosa, para não ficar totalmente a mercê desse domínio. O mais drástico é que muitas confundem amor com domínio, ciúme ou posse, com paixão. Desqualificada ao longo da história, a mulher parece almejar por um tutor, assim, quem lhe der algum tipo de guarida, embora possa até lhe tomar a alma, sugere apreciável. É a menininha quem é criada com mais dengos, florezinhas e delicadezas, ao mesmo tempo em que se exige dela mais responsabilidade. Numa família carente, é sempre a menina que assume o papel de mãe e/ou dona da casa, quem cuida dos irmãos, mesmo tendo, às vezes, um irmão mais velho.

À mulher foi dito o tempo todo que ela é incapaz, e isto foi absorvido como constituinte do seu DNA. Agora, mesmo que tenha se libertado para o trabalho mais digno e para sexualidade mais livre, mas na profundeza do seu Eu permanece a impressão de incompletude. Tudo isso resulta na culpa por algum sucesso, na missão de servir ao macho, na necessidade de proteção e de um “algoz” para vislumbrar alguma valia. Apesar das suas vitórias, muitas mulheres se mantêm presas à serventia, ao domínio dos seus donos que os chamam de marido, parceiro, companheiro. Quando, em alguns casos, elas são para os mesmos apenas um pouco mais do que apêndices. Uma relação de desigualdade impar, na qual parece absurda que se denomine parceria ou casal, pois é a dinâmica do dominador/dominado que enquadra a maioria desses pares. Porém, mesmo tendo confirmado seu potencial, muitas mulheres vivem como Amélias, sobrevivem em cativeiros que chamam de lar.

O falo todo poderoso pune qualquer deslize, torna a mulher diante desse super poder um nada. Lidar com a conduta fálica equivale ao domador e ao leão na jaula, nessa íntima e estranha relação, exige uma determinada arte, uma habilidade que passa pela autoestima, do contrário, ou a mulher o torna desvirilizado, impotente, ou é por ele dominada, e condenada a sobreviver na sombra do sobrenome do seu senhor. Muitas mulheres não são apenas reféns da moda, de regime, mas também dos próprios maridos e namorados e, algumas, ainda posam de modernas.

Na ótica de Guattari (2000, p.33) “não se pode esperar uma melhoria das condições de vida da espécie humana sem um esforço considerável de promoção da condição feminina”. Isto não consiste em nenhum aparato paternalista, mas na compreensão de que, para termos um mundo melhor, é preciso insistir nas três ecologias: meio ambiente; relações sociais e subjetividade humana (GUATTARI, 2005). Porém, no pensar de Ameno (2001, p. 123-124), “as mulheres estão longe da emancipação tanto física quanto moral [...]. O problema é que a mulher insiste em manter sua condição de objeto”. Com certeza ainda falta muito para que tenhamos a igualdade plena dos direitos de gênero. Mas, o fato de “reconhecer a determinação social dos gêneros não deve conduzir à rejeição da diferença dos sexos” (TOURAINE, 2007, p.33). Até porque reza o senso comum que por trás de um grande homem sempre existe uma grande mulher, espera-se também que a recíproca seja verdadeira.

Como ressalta Baudrillard (2001), o feminino nunca foi dominado, sempre foi dominante. Enquanto que o masculino sempre foi apenas residual, uma formação secundaria e frágil que é preciso defender à força de supressões, instituições e artifícios. Ainda para esse autor, a fortaleza fálica comumente apresenta todos os signos da fraqueza que a caracteriza. O feminino é o único sexo, e o masculino só existe por esforço sobre-humano para emergir. Finalmente, por uma estratégia de dominação, a mulher foi remetida à redoma das pseudo fragilidades, e o homem, devido ao falo, num sofisma ilimitado de poder e força. O mais insensato é que, desconhecendo suas reais diferenças, eles insistem em seguir a cartilha das consagradas inverdades, em relação às quais, a mulher, geralmente, está num segundo patamar.

Livro do Autor Valdeci Golançalves

Referências

AMENO, A. A função social dos amantes: na preservação do casamento monogâmico. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
ANDRADE, S. C. Cânticos eróticos e entrelaçados. Rio de Janeiro: T+8 Ltda, 2008.
BAUDRILLARD, J. Da sedução.4. ed. Campinas: Papirus, 2001.
BAUMAN, Z. Europa: uma aventura inacabada. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006.
BEAUVOIR, S. O segundo sexo. vol. 1 - Fatos e mitos, 12. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, [S.d.].
BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
FRANÇA, C. Ana: um mito da mulher moderna. São Paulo: Elevação, 2000.
FRIEDMAN, D. M. Uma mente própria: a história cultural do pênis. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.
GUATTARI, F. Caosmose: um novo paradigma estético. 3. ed. São Paulo: Ed. 34, 1992.
______. As três ecologias. 16. ed. São Paulo: Papirus, 2005.
NUNES, S. A. O corpo do diabo entre a cruz e a caldeirinha: um estudo sobre a mulher, o masoquismo e a feminilidade. Rio de Janeiro: Companhia Brasileira, 2000.
POLI, M, C. Feminino / Masculino. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2007. (Passo-a-passo; v.76).
PROSE, F. A vida das musas: nove mulheres e os artistas que elas inspiraram. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004.
TOURAINE, A. O mundo das mulheres. Rio de Janeiro: Vozes. 2007.