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Augusto Ruschi

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Naturalista capixaba (1915-3/6/1986). Autor de cerca de 500 trabalhos científicos, resultado de 50 anos de pesquisa, é um dos mais ardorosos defensores da natureza no país. Nascido na cidade de Santa Teresa, forma-se em direito e agronomia, tornando-se professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Especializa-se no estudo dos beija-flores, catalogando 80% das espécies brasileiras conhecidas, além de descobrir outras duas. Os livros Aves do Brasil e Os Beija-Flores do Espírito Santo resultam desse trabalho. Também desenvolve pesquisas sobre orquidáceas, contribuindo com a descrição de mais 50 espécies. Em 1978 atrai a atenção do público ao opor firme resistência ao governo capixaba, que pretendia desapropriar parte da reserva florestal de Santa Lúcia.

Augusto Ruschi Após a vitória dessa campanha, transforma sua casa, construída no século XIX pelo avô e cercada por 80 mil m quadrados de mata, em um museu de história natural, que doa para o Ministério da Educação. Lidera novos protestos em 1984, dessa vez contra o desmatamento de uma área no norte do Espírito Santo, habitat de três espécies de beija-flores ameaçados de extinção.

Dois anos mais tarde é envenenado por um sapo e não consegue antídoto. Cada vez mais doente, comove o país ao submeter-se a um ritual de cura indígena. Apesar da pajelança, morre algum tempo depois, em Vitória.