A segunda série dos Trabalhos de Héracles se referem às seis tarefas que o herói precisou cumprir para alcançar a purificação de seus crimes. Vale ressaltar que o cenário de aqui em diante já não é mais o mesmo dos trabalhos anteriores, o Peloponeso. Doravante, a árdua jornada de Héracl Pressione TAB e depois F para ouvir o conteúdo principal desta tela. Para pular essa leitura pressione TAB e depois F. Para pausar a leitura pressione D (primeira tecla à esquerda do F), para continuar pressione G (primeira tecla à direita do F). Para ir ao menu principal pressione a tecla J e depois F. Pressione F para ouvir essa instrução novamente.
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Seis Últimos Trabalhos de Hércules, Os

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A segunda série dos Trabalhos de Héracles se referem às seis tarefas que o herói precisou cumprir para alcançar a purificação de seus crimes. Vale ressaltar que o cenário de aqui em diante já não é mais o mesmo dos trabalhos anteriores, o Peloponeso. Doravante, a árdua jornada de Héracles terá como palco diversas partes do mundo e, após a realização das duras tarefas, o herói enfim logrará alcançar, não somente sua absolvição mas principalmente a imortalidade, passando a ocupar um lugar no Olimpo, junto aos imortais.

IlustraçãoO sétimo Trabalho teve a cidade de Creta por testemunha. Poseídon, irritado com o rei Minos que se negara a sacrificar-lhe um belíssimo touro branco saído do mar, enfureceu o animal que passou a aterrorizar a população local. Héracles, dominou a criatura tão somente segurando-a pelos chifres e após vencê-la, a levou com vida até a corte do rei de Micenas. Euristeu dedicou o touro à Hera , mas esta não aceitou a oferenda pois provinha de Héracles a quem a deusa considerava como arquiinimigo. Vagueou, portanto o animal por toda a Argólida até que na Ática foi capturado por Teseu .

Diomedes

Havia na Trácia um rei chamado Diomedes que era adepto de uma prática bastante selvagem e cruel, alimentando suas quatro éguas, Podargo, Lâmpon, Xanto e Dino com a carne dos estrangeiros que por suas terras passavam. Para realizar sua oitava tarefa o herói eliminou Diomedes expondo-o à fúria de seus próprios cavalos que o destroçaram. Sem que oferecessem qualquer tipo de resistência, os quatro animais se deixaram conduzir até Micenas.

Euristeu, para satisfazer o pedido de sua filha Admeta, enviou Herácles em busca do cinturão da rainha das Amazonas . Ela se chamava Hipólita, filha de Ares e de Ótrera, e havia recebido como presente do pai um cinto que simbolizava o próprio poder. A rainha, embora recebesse o herói cordialmente e consentisse entregar-lhe o adereço, foi vítima da intriga de Hera que metamorfoseada em amazona, fez correr o boato de que verdadeiro intuito do herói era o de raptar Hipólita.

Isso fez com que as amazonas, revoltadas, atacassem e Héracles, julgando-se vítima de uma emboscada, acabou por matar Hipólita e tomar-lhe o cinturão. Capturar os Bois de Gerião na ilha de Eritéia: eis aí a décima tarefa do filho de Alcmena . Gerião era um Gigante, filho de Crisaor e neto da terrível Medusa. Com três cabeças implantadas num corpo tríplice até os quadris, seu aspecto era aterrorizante.

Gerião

Incumbidos da guarda de seu rebanho de bois vermelhos estavam Ortro, cão de duas cabeças e filho de Tifão e Equidna, e Euritião, o centauro. Menete, pastor que cuidava dos rebanhos de Hades numa região vizinha correu a avisar Gerião de que o herói já havia eliminado seus sentinelas e fugia com seus animais. Este correu para salvar seu rebanho, mas teve o mesmo fim que seus guardas: a morte. Muitos percalços teve que superar Héracles no caminho de volta. Mas, quando chegou à margem grega do mar Jônico, o rebanho enlouquecido debandou ao serem atacados de moscardos enviados pela deusa Hera.

O herói os perseguiu pelas montanhas da Trácia, mas não foi possível recuperá-los todos. Ao chegar a Micenas, apresentou ao rei aqueles que restaram e o soberano, em honra a Hera, enviou-lhes ao sacrifício. Descer ao mundo dos mortos foi a incumbência dada a Héracles pelo rei Euristeu. Sua décima primeira tarefa consistia em trazer ao mundo dos vivos o Cão Cérbero, fiel guardião dos Infernos. Dizem que lá chegou descendo pelo cabo Tênaro, na Lacônia, mas seja lá como for, o fato é que ao chegar, se deparou com Meléagro, que suplicou-lhe que quando retornasse à terra, o herói se casasse com sua irmã Dejanira. Após selar-se promessa o herói ainda libertou Teseu preso juntamente com Piritoo, quando desceram aos Infernos para raptar Perséfone . Somente então se encontrou com o rei dos mortos, e a ele lhe explicou suas intenções.

Hades consentiu que Héracles levasse seu guardião mas impôs como condição que ele deveria vencer o cão sem o uso de armas. Somente lhe seria permitido utilizar a pele do Leão de Neméia e sua couraça. Foi assim que Cérbero foi dominado e levado à terra preso pelo pescoço pelas mãos de Héracles, que após apresentá-lo como prova do cumprimento de sua penosa tarefa, retornou às profundezas da Terra para devolver seu prisioneiro a seu verdadeiro dono.

Por fim, o derradeiro Trabalho de Héracles era roubar os Pomos de Ouro do Jardim das Hespérides, o jardim onde a Hera guardava as maçãs que Géia havia lhe ofertado por ocasião de seu casamento com Zeus . Para vigiar tão sagrado tesouro, a deusa havia incumbido as Hespérides, as três Ninfas do Poente chamadas Egle, Erítia e Hesperaretusa, e a Ladão, dragão de três cabeças. Sendo orientado do caminho por Nereu, deus marinho, o herói realizou muitas façanhas antes de chegar a seu destino. Na Líbia derrotou o Gigante Anteu que assassinava todos os viajantes que por ali passavam pois pretendia erguer um templo feito de crânios humanos em homenagem a Posídon , seu pai. Eliminou Busíris, rei do Egito que pretendia apoderar-se das Hespérides.

Matou Emátion, rei da Macedônia que tinha o costume de matar todos os forasteiros e ainda libertou Prometeu que dia após dia tinha seu fígado devorado por uma águia no Monte Cáucaso. Com o auxílio do Gigante Atlas, por fim, logrou apossar-se das maçãs de ouro, as quais entregou a Euristeu que por sua vez as dedicou a Atená. Entretanto, a deusa, no cumprimento de uma lei divina devolveu as oferendas a seu lugar de origem.