Unicamp encerra matrículas do vestibular 2016 com recorde de ingressantes oriundos da rede pública de ensino: 47,6% Pressione TAB e depois F para ouvir o conteúdo principal desta tela. Para pular essa leitura pressione TAB e depois F. Para pausar a leitura pressione D (primeira tecla à esquerda do F), para continuar pressione G (primeira tecla à direita do F). Para ir ao menu principal pressione a tecla J e depois F. Pressione F para ouvir essa instrução novamente.
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Unicamp tem recorde de matriculados vindos da rede pública de ensino

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Após a última matrícula para o preenchimento das vagas nos cursos de graduação da Unicamp este ano, a Universidade registrou o índice de 47,6% de alunos advindos de escolas da rede pública de ensino. Dos 3.243 matriculados na Universidade este ano, 1.543 fizeram o ensino médio em escolas da rede pública de ensino. É o maior número de matriculados oriundos da rede pública na história do Vestibular Unicamp. No ano anterior, esse grupo representou 30,2% do total de matriculados. Dentre os ingressantes de escolas públicas, o índice de estudantes autodeclarados pretos, pardos ou indígenas este ano foi de 33,9% (523 matriculados). No ano anterior, os ingressantes com esse perfil representaram 27,3%. Para se ter ideia do impacto dos números deste ano, historicamente os índices de estudantes oriundos de escolas públicas matriculados a cada ano na Unicamp sempre giraram em torno de 30% e, dentro desse grupo, os matriculados autodeclarados pretos, pardos ou indígenas sempre giraram em torno de 27%. 

Desta maneira, a Unicamp se aproxima da meta aprovada em 2013 pelo Conselho Universitário (Consu) para a inclusão social nos cursos de graduação, que estabeleceu que a Universidade atingisse 50% de ingressantes oriundos da rede pública até 2017, sendo que destes, 35% fossem autodeclarados pretos, pardos ou indígenas.

Os números divulgados nesta terça-feira (5/04) são resultado das mudanças promovidas no ano passado no Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social (PAAIS) e que foram aplicadas pela primeira vez no Vestibular Unicamp 2016. Além dos dados referentes aos matriculados, a eficácia do PAAIS para promover a inclusão social ficou demonstrada já após a divulgação do número de aprovados na primeira chamada, em fevereiro: pela primeira vez o número de aprovados da rede pública (51,9%) foi maior do que o da rede particular.

Os dados do PAAIS de anos anteriores estão disponíveis no endereço: http://www.comvest.unicamp.br/paais/numeros.html. As informações completas por curso estão disponíveis na página eletrônica da Comvest.

No Vestibular Unicamp 2016 a Comvest registrou um número recorde de inscritos: 77.760 candidatos.

O PAAIS

A partir dessa edição do Vestibular Unicamp, os pontos do PAAIS passaram a valer também na primeira fase. Até o Vestibular Unicamp 2015 a pontuação era aplicada somente após a segunda fase. Assim, todos os candidatos que fizeram o ensino médio integralmente em escolas públicas receberam, no Vestibular 2016, 60 pontos na primeira fase e outros 90 pontos na segunda fase. Os candidatos de escola pública autodeclarados pretos, pardos ou indígenas receberam além desses, outros 20 e 30 pontos, respectivamente, na primeira e na segunda fase.

O PAAIS é o primeiro programa de ação afirmativa sem cotas implantado em uma universidade brasileira. Instituído em 2004, após aprovação no Consu, o PAAIS visa estimular o ingresso de estudantes da rede pública na Unicamp ao mesmo tempo que estimula a diversidade étnica e cultural. O aspecto mais importante do PAAIS é a adição de pontos à nota dos candidatos no Vestibular. Todos os estudantes que tenham cursado o ensino médio integralmente em escolas da rede pública brasileira de ensino podem participar do PAAIS.