Jornalista brasileiro de origem iugoslava (1937-1975). Sua morte por asfixia, ocorrida nas dependências do DOI-Codi, em São Paulo, provoc... Pressione TAB e depois F para ouvir o conteúdo principal desta tela. Para pular essa leitura pressione TAB e depois F. Para pausar a leitura pressione D (primeira tecla à esquerda do F), para continuar pressione G (primeira tecla à direita do F). Para ir ao menu principal pressione a tecla J e depois F. Pressione F para ouvir essa instrução novamente.
Título do artigo:

Vladimir Herzog

97

por:

Jornalista brasileiro de origem iugoslava (1937-1975). Sua morte por asfixia, ocorrida nas dependências do DOI-Codi, em São Paulo, provoca indignação e manifestações de protesto contra a ditadura militar. Nasce em Osijek, na Croácia, filho único de uma família judia.

Chega ao Brasil com os pais aos 9 anos, procedente da Itália, onde vive de 1940 até 1945, quando começa a II Guerra Mundial. Forma-se em filosofia na Universidade de São Paulo (USP) em 1961. Começa a carreira de jornalista no final da década de 50, no jornal O Estado de S.Paulo e, mais tarde, torna-se editor da revista Visão.

Vladimir HerzogExerce a direção do departamento de jornalismo da TV Cultura, em 1975, quando é chamado para depor no DOI-Codi, órgão do 2º Exército encarregado da repressão aos movimentos de esquerda na época. A convocação tem por base sua suposta ligação com o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Herzog é encarcerado, submetido a torturas e morre nas dependências do DOI-Codi - de acordo com o Exército, vítima de suicídio por enforcamento.

A família entra com processo exigindo a classificação de sua morte como crime de assassinato. Em outubro de 1978, a justiça declara a União responsável pela morte de Herzog. Um decreto assinado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1997, com base na Lei dos Desaparecidos Políticos, concede uma indenização de 100 mil reais aos familiares do jornalista.